sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Marion.

"... quando sou mais que sou, feliz eu fico e isso dura apenas um piscar de olhos para lembrar que essa não é a razão. Então paro e penso. Vejo o quão mentirosa eu possa ser, pois minto a mim mesma. Os meus pensamentos me iludem. Porém, a lucidez vez ou outra aparece e força a abrir a mente quanto às minhas atitudes. Quando vejo em ti o mesmo comportamento, recrimino primeiramente (quantas vezes te recriminei por ser quem é). Então, depois de uma pausa, concluo que não é assim que temos que ser, embora estejamos fadados a vestir esa roupa. Recrimino e me compadeço. Rezo. Não rezo por "Deus" nenhum, porque cada um tem a fé que acredita. Eu rezo por ti, por mim. No final, rezo por quem não vejo. Não sou mais que tu e nem és mais que mim. No ato do puro egoísmo, esqueço o humanismo em algum lugar do meu corpo. Quando tudo passa e eu o  busco, por vezes não o encontro. De tão mal usado, perde-se. Porque cada ato teu e meu, esconde o melhor das pessoas. Não quero perdê-lo, então paro e penso. Nada é meu, nem o mundo é seu. O quão diferentes somos para querermos sermos mais? Eu sei, aprendi tristemente que somos mais quando somos todos juntos..."

Marion, por ela mesma.
" Meus pensamentos são livres. Eu os apresento e os discuto. Eles podem ou não voarem. O limite é sempre questionável. "